Criando e restaurando DUMPs (backups lógicos) no Oracle Database 11g (exp e imp)


Definição das variáveis de ambiente no Windows

Oracle - SET

Definição das variáveis de ambiente no Linux

Parâmetros do Export

Vou demonstrar aqui como exportar os dados do banco para um arquivo de dump, que poderá ser utilizado para restaurar os dados dados e replicar o banco em outra instância/servidor.
Seguem alguns parâmetros:
  • file = arquivo.dmp: Define o nome de arquivo de dump que será gerado. Caso não seja informado, o nome do arquivo será “EXPDAT.DMP”
  • log = arquivo.log: Define o nome de arquivo de log que será gerado. Caso não seja informado, não será gerado log.
  • owner = <owner1>,<owner2>: Define o nome do(s) owner(s) que será(ão) exportado(s)
  • full = y: Indica se deverá ser exportado todo o banco de dados, com usuários, tablespaces, grants, etc.
  • grants = y: Define se os privilégios concedidos pelo owner serão exportados
  • indexes = y: Define se os objetos de índice serão exportados
  • compress = y: Define se o arquivo de dump será compactado para reduzir o tamanho do arquivo final
  • consistent = y: Define se o Oracle irá evitar que os dados alterado durante o export sejam exportados no arquivo de dump. Essa operação irá utilizar a área de undo para isso armazenar essas alterações e aplicá-las no banco após o export.
  • constraints = y: Define se as contraints de PK e FK serão exportadas no arquivo de dump.
  • direct = y: Define se os dados exportados irão pular a camada de parse do Oracle (SQL command-processing layer – evaluating buffer), que valida a sintaxe dos comandos e faz o export ser mais rápido (cerca de 10% geralmente)
  • feedback = 0: Define a cada quantos registros o utilitário exp irá exibir o progresso na tela. 0 é desativado.
  • filesize = 10MB: Define o limite de tamanho por arquivo. Caso seja especificado 2 MB, por exemplo, o exp irá quebrar o arquivo de dump em arquivos de 2 MB, que precisam ser informados no parâmetro FILE. Caso não seja informado, o arquivo de dump será composto por apenas 1 arquivo.
  • flashback_scn: Permite gerar o export com os dados através do SCN, onde você obtém o valor atual do database e garante que os dados não serão alterados após o export. Para descobrir o valor atual do SCN, basta executar a query select current_scn from v$database;
  • flashback_time: Permite gerar o export com dados de uma data específica.
  • tables = regions: Permite definir as tabelas que serão exportadas
  • query = “condicao”: Permite definir uma condição para exportar os dados. O parâmetro TABLES deve ser informado e a condição deve ser aplicável para todas essas tabelas.
  • parfile = “caminho do arquivo”: Permite definir um arquivo de parâmetros para o export, onde cada parâmetro deverá ficar em uma linha e o utilitário irá ler esse arquivo e executar o comando exp utilizando esses parâmetros.
    Exemplo de parfile:

    userid=usuario/senha
    file=exp_HR_20150319.dmp
    log=exp_HR_20150319.log
    owner=hr
    full=n
    buffer=409600000
    rows=n
    statistics=none
    direct=y
    consistent=y
  • statistics = none: Permite definir se as estatísticas geradas pelo banco para performance devem ser exportadas ou não. As opções são none, compute e estimate.
  • triggers = y: Define se as triggers das tabelas deverão ser exportadas
  • tablespaces = tablespace1,tablespace2: Caso seja informado, esse parâmetro faz com que o exp gere os dados de todas as tabelas que estão alocadas nas tablespaces informadas
  • buffer = 4096: Define o tamanho (em bytes) do buffer utilizado pelo export para fazer o fetch das linhas (Só se aplica quando direct=n)
  • help = y: Informações de ajuda e documentação

Exportando os dados – Gerando o arquivo de backup

Oracle - Exp

Parâmetros do Import

Vou demonstrar aqui como importar os dados do banco a partir de um arquivo de dump.
Seguem alguns parâmetros, além dos demonstrados acima para o export, que também são aplicáveis no import:
  • commit = n: Caso commit=y, o imp irá realizar um commit após cada bloco de inserção de dados. Caso contrário, o commit será realizado a cada tabela importada
  • compile = y: Define se o imp irá compilar as procedure, functions e triggers após a criação das mesmas.
  • fromuser = usuario: Identifica o(s) owner(s) de origem dos dados que foram exportados
  • touser = usuario: Identifica o(s) owner(s) de destino onde os dados que serão importados. Os owners devem existir na instância de destino antes de executar o import
  • full = y: Importa todo o arquivo de dump, sem filtros de objetos
  • ignore = y: Define se o imp irá ignorar erros na criação de objetos ou parar a abortar a operação em caso de erro
  • show = y: Define se o imp irá apenas listar o conteúdo do dump ao invés de importá-lo
  • statistics = valor: Define a forma que o imp irá importar as estatísticas coletadas do banco no Export. As opções possíveis são: Always (Sempre importa a estatísticas), None (Não importa e nem recalcula as estatísticas), Safe (Importa as estatísticas se elas não forem questionáveis. Caso contrário, recalcula) ou Recalculate (Não importa as estatísticas, mas as recalcula)

Importando os dados para novo owner – Preparação do ambiente

Antes de realizar o import, precisaremos criar o usuários e as tablespaces utilizadas por esse usuário na instância de destino.
Note que o tamanho das tablespaces e datafiles deve ser calculado de forma que haja espaço suficiente para receber os dados de origem. Você pode obter esses dados replicando os mesmos valores das tablespaces de origem ou ativando a opção autoextend do datafile, que faz com que ele aumente de tamanho à medida que for necessário. Além disso, defini a quota do usuário na tablespace criada como ilimitada, de modo que ele consiga alocar toda a tablespace, se necessário.
Essa não é uma boa prática, pois você como DBA, deve avaliar a alocação de espaço no processo de export/import, mas para testes é o ideal.
Oracle - Criação de usuário e tablespace
Comandos utilizados:

Importando os dados para novo owner

Oracle - Import em Novo Owner

Importando estrutura e dados para owner já existente

Operação muito utilizada para replicação ou criação de novos ambientes, o import de estrutura e dados para um owner já existente consiste em apagar todos os objetos abaixo do owner do ambiente de destino e realizar o import.
Apagar toda a estrutura de um owner pode ser complicado às vezes, por isso muitos DBA’s preferem utilizar o comando drop user <usuario> cascade; para apagar o usuário e seus objetos de forma rápido e fácil.
Eu particularmente não gosto dessa solução, uma vez que não tenho o controle do que será apagado, nem muito menos um log dessa operação. Para isso, eu criei um script que executa essa tarefa e cria um novo script com os comandos para dropar todos os objetos do owner e registra um log com cada operação realizada (script em anexo no rodapé do post):
Oracle - Drop Owner
Após a execução do script gerado, apagando todos os objetos do owner, pode-se realizar o import normalmente, que ele irá recriar todos os objetos desse owner de acordo com o que existe no arquivo de dump. (Lembre-se de verificar o tamanho das tablespaces e datafiles, conforme citado acima)

Importando apenas dados para owner já existente

Essa é uma operação mais complexa que o dump de estrutura e dados e tem como objetivo atualizar os dados de um ambiente, sem alterar a sua estrutura no ambiente de destino. Para realizar isso, precisaremos apagar todos os dados das tabelas, desabilitar as contraints e triggers, apagar as sequences (script em anexo no rodapé do post).
Oracle - Truncate Owner
Como vocês sabem, caso existam novos objetos no ambiente de origem em que foi gerado o export dos dados, esses objetos serão criados no import. Por isso, precisaremos criar um script para apagar esses novos objetos que podem ser criados caso essa situação ocorra.
A forma mais fácil para isso, é utilizando o software Toad for Oracle, que permite uma comparação visual e geração de script para igualar os ambientes. Esse script deverá ser validado por você, de modo que ele trate apenas da remoção dos novos objetos criados (caso existam). Aqui não existe receita de bolo, pois cada ambiente e owner exigem scripts personalizados para cada situação.
Caso exista diferença entre objetos, o import de dados irá falhar. Você, como DBA, deverá alertar o solicitante que o import não será possível ou aplicar o script do Toad para igualar os ambientes, e após o import, aplicar o script do Toad para voltar as alterações e manter a estrutura do ambiente como estava antes.

Algumas dicas para o Import

  • show parameter archive: Verifica o local onde os logs de transações (archivelog) são armazenados, para que você verifique se há espaço disponível para armazenar os logs que serão gerados pelo Import. Caso contrário, ele irá falhar.
  • Verifique o tamanho da tablespace de UNDO para calcular se ela irá suportar as operações de UNDO que serão geradas pelo Import
  • Verifique o tamanho do owner e o seu maior objeto. Ele não deve ser maior que a tablespace de undo
  • Verifique se existem contraints desabilitadas antes do Import. Após o import, contraints podem ficar inválidas ou apresentar erros de inconsistência dos dados. Você precisa garantir que esses erros já existiam na base antes do Import.
  • Verifique e compare o tamanho das tablespaces e datafiles de origem e destino, para garantir que os dados não irão estourar sua tablespace ou datafile na instância de destino.
  • Os scripts com esse passo a passo estão disponíveis aqui.
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